quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Flutu-ar

“A melhor discussão a se ganhar é aquela que você tem certeza de estar certo”. Estar certo dá uma segurança e uma força, para seguir em frente, pisando firme e forte. Mas independente  de se pisar na areia fofa ou no cimento, não seria melhor flutuar? E se não houvesse chão para começar?
Não seria melhor ser seguro e firme, na fé? Pela verdade e pela confiança, flutuar pelos caminhos da vida que muitas das vezes nos parecem mais becos que alamedas? O caminho está ali, e tem que ser seguido; não sei se hoje, amanhã ou , no meu caso, na próxima vida. Mas ele está ali, cheio de percalços para serem percorridos e  superados.
Então por que é que nós insistimos em construir prédios e postes, no meio do caminho? Já temos pedras demais para caminhar sobre e além. Será que é preciso tanto dar este toque humano, construir a dificuldade? Por que não, construir postes à beira da estrada, para iluminar o caminho? E apartamentos no fim da caminhada, para descansarmos depois de todo o esforço?
Acontece que é o que acontece no caminho que se leva pelo resto do caminho. Aquela topada que você deu, primeiro traz dor, depois sangramento e ali a ferida fica mais viva do que nunca. A casquinha se forma,e  fica ali, sarando toda aquela dor. Você pode escolher arrancá-la de novo e iniciar todo o processo, ou deixar curar, sozinho. Deixar passar. Deixar ser.
Aquela cicatriz vai ficar sempre em você, te acompanhando para cada lugar que for. A diferença é que agora ela te lembra de tudo que você superou e de toda a força que você tem. Agora, ela é você.

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